Caracterização, diversificação e conservação da herpetofauna do Cerrado
Coordenador: Guarino Rinaldi Colli - Universidade de Brasília (UnB)
Contrariando estudos pioneiros, estudos recentes descrevem as comunidades de herpetofauna (estudo de anfíbios e répteis) do Cerrado como ricas e com espécies exclusivas. Algumas destas espécies são muito dependentes de hábitats específicos, como veredas, rochedos calcários ou matas de galeria. Além disto, no Cerrado, encontramos frequentemente espécies novas e endêmicas (que só ocorrem no Cerrado).
O Cerrado, juntamente com os biomas Caatinga e Chaco formam a diagonal aberta Sul-Americana, região com predominância de ambientes abertos e que separam duas grandes formações florestais, a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica. As espécies da diagonal se diversificaram ao longo do espaço e tempo. Entretanto, as diferentes espécies de répteis e anfíbios não se diversificaram da mesma forma e o estudo da variação dentro de espécies (intraespecífico) pode esclarecer os processos importantes para gerar essa diversidade e auxiliar na conservação.
No entanto, os biomas da diagonal aberta Sul-Americana ainda representam lacunas de conhecimento com poucos estudos intraespecíficos para qualquer réptil ou anfíbio do Cerrado. Sendo assim, os resultados sobre répteis e anfíbios deste projeto vão contribuir para:
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Conhecer a biodiversidade do Cerrado, em seus diferentes níveis (taxonômico, genético, filogenético, filogeográfico e funcional);
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Identificar os processos que geram e mantêm a biodiversidade de herpetofauna no Cerrado;
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Definir estratégias para promover a conservação e o uso sustentável no Cerrado;
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Formar pesquisadores qualificados em pesquisa sobre biodiversidade no Cerrado.